domingo, 1 de fevereiro de 2015

06. Fecundação

Local: Normalmente na ampola da tuba
Leva em torno de 24h para ser completada

Resumo:

1. Perfuração da corona radiata por enzimas do acrossomo e movimento flagelar.
2. Penetração da zona pelúcida por ação de enzimas, principalmente acrosina, que causam a lise da zona pelúcida. Depois que o espermatozoide penetra nessa região ocorre a reação zonal:
-> BLOQUEIO RÁPIDO DA POLIESPERMIA: mudança temporária do potencial elétrico da membrana do ovócito.
-> BLOQUEIO LENTO DA POLIESPERMIA: modificação na composição química da  zona pelúcida com alterações na ZP3, proteína que faz o reconhecimento espécie-específica.
3. O espermatozóide atravessa o espaço perivitelino (preenchido por líquido).
4. Fusão das membranas plasmáticas do espermatozoide e ovócito.
5. Término da meiose.
6. Formação e fusão dos pronúcleos feminino e masculino.
7. Formação do zigoto.




A e B: Desenhos esquemáticos da reação acrossômica de um espermatozoide penetrando um ovócito.
C e  D: Microscopia eletrônica de varredura de um ovócito humano não fecundado com alguns espermatozoides aderidos à zona pelúcida. A seta na figura D indica a penetração de um espermatozoide na zona pelúcida.
Fonte: Moore et al., 2013.






Penetração do espermatozoide através da zona pelúcida


Somente os espermatozoides que sofrerem reação acrossômica podem penetrar na zona pelúcida. 
O primeiro espermatozoide a chegar na zona pelúcida se liga à ZP3, um dos três componentes glicoproteicos presentes. A ligação à ZP3 induz a liberação da acrosina pela membrana acrossômica interna, facilitando a penetração da cabeça do espermatozóide nesta região.

O primeiro espermatozóide a penetrar na zona pelúcida se funde com a membrana do ovócito e induz a exocitose de cálcio dependente dos grânulos corticais localizados logo abaixo da membrana plasmática, em um processo chamado de reação cortical. 
O conteúdo liberado dos grânulos corticais inativa a ZP3, de modo que ela não pode mais ligar-se a membrana de outro espermatozoide. Ocorre também clivagem da ZP2, endurecendo a zona pelúcida. 
Juntas, estas alterações promovem a reação da zona resultando no bloqueio à poliespermia.
A ZP1 tem função estrutural.



Desenho esquemático com base na microscopia eletrônica de varredura, ilustrando um ovócito circundado por espermatozoides. Notar a estrutura da zona pelúcida. Imagem da internet.



Organização da zona pelúcida e fusão da membrana plasmática do espermatozoide com o ovócito secundário. Fonte: Alberts et al., 2010.

Vídeo: Fecundação



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