segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

05. Espermatogênese

Testículo


Os testículos são formados pelos túbulos seminíferos, os quais contém células da linhagem espermatogênica e células de Sertoli (núcleos arredondados a piramidais localizados na base dos túbulos seminíferos).

Um estroma de tecido conjuntivo circunda os túbulos seminíferos e abriga as células de Leydig, além de vasos sanguíneos, linfáticos e células do tecido conjuntivo.


Epitélio seminífero
Na camada basal localizam-se as ESPERMATOGÔNIAS, cujos núcleos usualmente apresentam-se achatados e com cromatina densa, portanto, bem corados. 
Os ESPERMATÓCITOS PRIMÁRIOS mais jovens também localizam-se nesta região, porém tendem a mover-se para o centro do epitélio à medida em que as divisões celulares progridem. Seu núcleo é volumoso e a cromatina está se condensando, formando pequenos grumos. 
Os ESPERMATÓCITOS SECUNDÁRIOS são menores e a cromatina é mais densa. Só podem ser vistos em alguns túbulos seminíferos, pois a meiose II é muito rápida, então logo são formadas as espermátides arredondadas. 
As ESPERMÁTIDES ARREDONDADAS apresentam núcleos ainda menores e localizam-se próximo à luz dos túbulos seminíferos. 
Gradativamente diferenciam-se em ESPERMÁTIDES ALONGADAS, com núcleo escuro. Nestas células desenvolvem-se os flagelos que irão compor a cauda dos espermatozoides, ficando estas caudas voltadas para o lúmen tubular.


Células de Sertoli
-> Localizadas no interior dos túbulos seminíferos

-> São estimuladas pelo FSH
-> Sustentam as células da linhagem germinativa
-> Constituem a barreira hemotesticular
-> Fagocitam o citoplasma perdido na espermiogênese (corpos residuais das espermátides)
-> Promovem a nutrição dos espermatozoides
-> Produzem a proteína ligadora de andrógeno (ABP: androgem binding protein), que capta testosterona para o interior dos túbulos seminíferos
-> Produzem o hormônio antimülleriano
-> Produzem o fator de crescimento para os túbulos seminíferos (SGF: seminiferous growth factor)
-> Convertem a testosterona em di-hidrotestosterona

Células de Leydig
-> Localizadas no intertúbulo

-> São estimuladas pelo LH
-> Produzem testosterona

Etapas da Espermiogênese
Etapa do complexo de Golgi -> Etapa do acrossomo -> Etapa de maturação

Lâmina de testículo. A: Túbulo seminífero, corte transversal; B: Túbulo seminífero, corte longitudinal. Testículo de rato. Inclusão em parafina histológica, coloração por Hematoxilina-Eosina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 4x





Túbulo seminífero em corte transversal. 1: Espermátide em alongamento. 2: Espermatócito primário em paquíteno. 3: Espermatócito primário em zigóteno. 4: Núcleo de célula de Sertoli. Testículo de rato. Inclusão em Parafina histológica, coloração por Hematoxilina-Eosina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 40 x.


Túbulo seminífero em corte transversal. 1: Espermátide alongada. 2: Espermatócito primário em diplóteno. 3: Núcleo de célula de Sertoli. 4: Placa metafisária ilustrando a divisão meiótica do espermatócito I. Testículo de morcego. Inclusão em Historesina, coloração por Azul de toluidina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 40 x.


Túbulos seminíferos em corte transversal. 1: Espermatócito primário. 2: Espermátide alongada. 3: Núcleo de célula de Sertoli. 4: Espermátide arredondada. 5: Célula de Leydig. 6: Espermatogônia. Testículo de morcego. Inclusão em Historesina, coloração por Azul de toluidina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 40 x.


Transporte dos espermatozoides



-> Durante a ovulação o muco cervical fica menos viscoso e facilita o transporte dos espermatozoides.

-> Prostaglandinas: Estimulam a motilidade uterina e ajudam no movimento dos espermatozoides para o sítio de fecundação.

-> Os espermatozoides tornam-se móveis no ejaculado.

-> Movem-se lentamente no ambiente ácido da vagina, porém muito rapidamente no ambiente alcalino do útero.



Maturação dos espermatozoides



-> Espermatozoides recém ejaculados são incapazes de fecundar ovócitos. Precisam passar pela capacitação.

-> O que é a capacitação? É um processo de perda da cobertura glicoprotéica e proteínas seminais da superfície acrossômica. Com isso os espermatozoides ficam mais ativos.

-> Onde ela ocorre? No útero ou nas tubas uterinas, através de substâncias secretadas por essa porção do trato genital feminino.


Corte transversal de testículo representando células de Sertoli e células da linhagem germinativa no interior dos túbulos seminíferos e células de Leydig no intertúbulo. Notar a presença de células mióides na túnica própria, a qual delimita os túbulos seminíferos. Imagem da internet.


Desenho esquemático do epitélio seminífero ilustrando as células de Sertoli e as células da linhagem germinativa, e do intertúbulo com destaque para as células de Leydig (células intersticiais). Notar a presença de células mióides na túnica própria, a qual delimita os túbulos seminíferos. Fonte: Junqueira e Carneiro, 2008.

Corte transversal de testículo representado por microscopia eletrônica de varredura. Lilás: parede do túbulo seminífero. Rosa: epitélio seminífero. Marrom claro: intertúbulo. Notar os feixes de espermatozoides no lúmen dos túbulos seminíferos. Imagem da internet.



Corte transversal de testículo representando células de Sertoli e células da linhagem germinativa no interior dos túbulos seminíferos e células de Leydig no intertúbulo. Imagem da internet.

Epidídimo

Funções:
-> Armazenamento de espermatozoides
-> Fagocitose de corpos residuais das espermátides

Características:
-> Lúmen amplo
-> Epitélio pseudoestratificado com estereocílios





Corte transversal de epidídimo. Observar o túbulo epididimário com luz ampla e espermatozóides em seu interior. Epitélio pseudoestratificado com estereocílios. Epidídimo de rato. Inclusão em Parafina histológica, coloração por Hematoxilina-Eosina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 20 x.




Corte transversal de epidídimo. Observar o túbulo epididimário com luz ampla e espermatozóides em seu interior. Epidídimo de rato. Inclusão em Parafina histológica, coloração por Hematoxilina-Eosina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 20x.



Corte transversal de epidídimo. Observar túbulos epididimários com e sem espermatozoides em seu interior. Epidídimo de rato. Inclusão em Parafina histológica, coloração por Hematoxilina-Eosina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Objetiva 10 x.


Testículo de peixe. Notar a diferença no arranjo do parênquima testicular (espermatogênese cística) quando comparado ao parênquima testicular do mamífero (espermatogênese segmentar). Células germinativas em diferentes fases diferentes, organizadas no interior de diferentes cistos, apresentam coloração diferenciada. Inclusão em Parafina histológica, coloração por Hematoxilina-Eosina. Fonte: Laboratório de Embriologia/UFRN. Fotomicroscópio Nikon - Objetiva 10 x.





7 comentários:

  1. Andrézinho da integrado cabaço, achei excelente as imagens e me ajudaram muito na visualização no microscopio, apesar de ser um pouco diferente.

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  2. como dizia os porrolatras eu queria ter uma buceta, mas não ser mulher. mas como é incrivel e interessante o que tem no nossos ovos, dá vontade de arrancar pra ver se é assim #noFapseptember #NaoEjaculeiOrobrtinho

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  3. Excelente conteúdo, os cortes histológicos vão me ajudar bastante!!

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